segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

10. (Patricia Miranda)  

Estes pensamentos perseguiram-no o resto do seu dia.
Riu, consigo mesmo. Nesta viagem redescobriu a sua alma de viajante. Diria mesmo aventuroso! Riu novamente e adormeceu no seu quarto de hotel.

Acordou sentindo o sol de Julho na sua cara. Olhou para a foto. Novamente a foto...
Sentiu-se entusiasmado, talvez até optimista. Iria atrás da identidade da sua filha Ana.
Sim, tinha a certeza! A certeza de Pai. A fotografia e a sua filha eram uma só!

Apressou-se para a Rua Saint-Anne. Lá, iria perceber melhor como uma fotografia da sua filha, tinha o nome de Dominique Lapin. Como foi parar a essa foto? E os trajes orientais? Estaria bem?
Quis acreditar que sim. Melhor, queria salvá-la, como não conseguiu no passado...

Continuou a caminhar só parando no seu destino. Deixou o pedrejado e entrou numa livraria, com uma expectativa incerta e quase eufórica.
Munido do seu livro e com a fotografia de Ana no bolso dirigiu-se ao velho casal, que se encontrava atrás do balcão.

Casal simpático, pensou...

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