segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

6. (Rita Roquette)

Manuel acaba de chegar a Paris. Já não visitava aquela cidade há mais de 10 anos e tudo lhe parecia diferente. Os cheiros, as pessoas, as ruas.

Mas havia algo que não mudava, anos após anos, a sua Boulinier. Os livros iam mudando de cara e os temas actualizando-se, mas a essência das antigas palavras continuava entre aquelas 4 paredes e as suas largas estantes. Pergunta por Luis, que como sempre, está no seu pequeno escritório a etiquetar e catalogar os milhares de livros que o rodeiam.

Luis fica tão surpreso de o ver como pela razão que levara Manuel até si. Uma foto. Um autor. O nome não lhe era estranho, mas entre tantos livros não era possível recordar-se de tudo.

E a pesquisa começa, entre pilhas de autores internacionais e nacionais, Luis encontra um livro de Lapin. De seu titulo: “Ungaii”.. o que quererá dizer? E todos os restantes caracteres orientais que preenchem a frente e o verso do livro? Não sabem, apenas percebem que de uma história de amor se trata ao lerem a dedicatória:

Que ela seja do mundo como foi minha”.

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