6. (Rita
Roquette)
Manuel acaba
de chegar a Paris. Já não visitava aquela cidade há mais de 10 anos e tudo lhe
parecia diferente. Os cheiros, as pessoas, as ruas.
Mas havia
algo que não mudava, anos após anos, a sua Boulinier. Os livros iam mudando de
cara e os temas actualizando-se, mas a essência das antigas palavras continuava
entre aquelas 4 paredes e as suas largas estantes. Pergunta por Luis, que como
sempre, está no seu pequeno escritório a etiquetar e catalogar os milhares de
livros que o rodeiam.
Luis fica
tão surpreso de o ver como pela razão que levara Manuel até si. Uma foto. Um
autor. O nome não lhe era estranho, mas entre tantos livros não era possível recordar-se
de tudo.
E a pesquisa
começa, entre pilhas de autores internacionais e nacionais, Luis encontra um
livro de Lapin. De seu titulo: “Ungaii”.. o que quererá dizer? E todos os
restantes caracteres orientais que preenchem a frente e o verso do livro? Não
sabem, apenas percebem que de uma história de amor se trata ao lerem a
dedicatória:
“Que ela
seja do mundo como foi minha”.
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